quarta-feira, 19 de maio de 2010

PRESIDENTE DA BOLÍVIA - EVO MORALES - PEDE AO PAPA PARA ABOLIR CELIBATO CLERICAL

Fonte: http://news.noticiascristas.com

Pedidos estão em carta entregue por Evo Morales a Bento XVI. Eles conversaram durante 25 minutos no Vaticano.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, que conversou nesta segunda-feira por 25 minutos com o Papa Bento XVI no Vaticano, entregou uma carta na qual pede ao pontífice para abolir o celibato e democratizar e humanizar a Igreja Católica.

"A Igreja não tem que negar uma parte fundamental de nossa natureza como seres humanos e deve abolir o celibato. Assim haverá menos filhos e filhas não reconhecidos por seus padres", afirma Morales em sua carta.

O presidente boliviano divulgou a carta durante uma coletiva de imprensa celebrada ao término do encontro com o papa.

Morales também enfatiza em sua carta que "é imprescindível democratizar e humanizar sua estrutura clerical" e pede que as "mulheres possam ter as mesmas oportunidades que os homens para exercer plenamente o sacerdócio".

Esta é a primeira vez que o presidente boliviano é recebido no Vaticano pelo papa.

Morales surpreendeu na semana passada ao revelar pela primeira vez seu catolicismo. "Quero falar a verdade: eu sou católico", afirmou, apesar das relações tensas que seu governo mantém com a hierarquia católica boliviana.


Meu comentário (Nota Católica)


O presidente boliviano está totalmente equivocado em seu pedido ao Santo Padre. A questão de "filhos não reconhecidos por sacerdotes católicos" nada tem de relação com o celibato clerical.

Mesmo no casamento podemos constatar a infidelidade e falta de compromisso para com alguma das partes.   Tais desordens constantemente é apregoada por meio das novelas que ocupam lugar de destaque em muitos lares que se dizem cristãos.

A questão está nos valores e princípios cristãos que infelizmente a sociedade está a perder. Jesus Cristo no evangelho, valoriza o celibato "por amor ao reino dos céus." São Paulo por várias vezes em suas cartas no novo testamento, aconselha os pastores da Igreja a viverem o celibato para melhor servir a Deus.

Aqui repito que São Paulo "aconselha"; portanto o celibato clerical não é algo que a Igreja impõe arbitrariamente, mas ao contrário, o celibato é uma escolha que o indivíduo faz de livre vontade como doação de todo o seu ser, para melhor servir a Deus e aos outros, é antes de tudo um ato de Amor. Nossa sociedade precisa redescobrir esses valores que muitas vezes não podem ser compreendidos sem a devida experiência do sagrado e do mistério de Deus em nossas vidas. 

Sobre a democratização da Igreja sugerida pelo presidente boliviano, prefiro nem comentar, uma vez que tal idéia demonstra que muitos que assim pensam, infelizmente não possuem o conhecimento devido para com a igreja que dizem fazer parte.

A Igreja não é um simples partido político e muitos menos uma repartição sindical onde todos ao seu modo podem intervir. A Igreja é uma instituição fundada por Jesus Cristo, por ele organizada e confiada aos 12 APÓSTOLOS; estes por sua vez transmitiram toda a tradição recebida de Jesus e hoje são os bispos os legítimos pastores e sucessores destes primeiros apóstolos. A isto nós chamamos de "sucessão apostólica" e aos demais presbíteros (padres) os reconhecemos como colaboradores dos bispos.

Sobre a questão das mulheres, devemos reconhecer que sempre atuaram de maneira ativa no seio da Igreja (não como ministras ordenadas), mas como verdadeiras evangelizadoras, muitas vezes derramando o próprio sangue para defender a fé cristã. Aqui recordamos Santa Perpétua e Santa Felicidade, ambas martirizadas na Roma pagã do primeiro século de nossa era.

Lembramos também a atuação de Santa Catarina de Sena em plena alta idade média e Santa Teresa de Ávila no século XVI e tantas milhares de outras que souberam viver com fidelidade a autenticidade de suas vocações como consagradas ou como mães de família.

Por meio do batismo todos nós já fazemos parte do sacerdócio de Jesus Cristo. Somos chamados a viver e a agir neste mundo como verdadeiros missionários, levando o Evangelho a todos os que fazem parte de nossas vidas. Muitos foram os discípulos e discípulas do passado que souberam viver com fidelidade a vocação batismal,  muito mais são os de hoje, porém, Jesus instruiu os 12 APÓSTOLOS para que pudessem conduzir a "messe" do Senhor com sabedoria e dedicação. 

Foi vontade de Jesus formar o colégio apostólico com os 12, e a Pedro ele escolheu para que pudesse ser o pastor comum (papa). Como vemos, a organizaçao da Igreja nada tem de humana, pois tudo foi recebido primeiramente de Jesus Cristo, e este continua a assistir-nos por meio do seu Espírito Santo. O que é meramente humano, por sí só se destrói.

Reconhecer os legítimos pastores da Igreja em nada reduz o papel da mulher, ao contrário, torna-se para todos nós um sinal de comunhão, unidade e obediência, valores esses que muitos em sua ignorância jamais poderão compreender.

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