sexta-feira, 7 de maio de 2010

Segunda Vinda de Cristo - Juízo final



668 - “Cristo morreu e reviveu para ser o Senhor dos mortos e dos vivos” (Rm 14,9) A Ascenção de Cristo ao céu significa a sua participação, na sua humanidade, no poder e na autoridade do próprio Deus. Jesus Cristo é Senhor: possui todo poder nos céus e na terra. Está “acima de toda autoridade, poder potentado e soberania” pois o Pai “colocou tudo debaixo dos seus pés”( Ef 1,20-22). Cristo é o Senhor do cosmo e da história. Nele, a história do homem e mesmo toda a criação encontram sua “recapitulação” (Ef 1,10), sua consumação transcendente.

1040 - o Juízo Final acontecerá por ocasião da volta gloriosa de Cristo, Só o Pai conhece a hora e o dia desse Juízo, só ele decide do seu advento. Através do seu Filho Jesus Cristo ele pronunciará então a sua palavra definitiva sobre toda a história. Conheceremos então o sentido último de toda a obra da criação e de toda a economia da salvação, e compreenderemos os caminhos admiráveis pelos quais a sua providência terá conduzido tudo para seu fim último. O Juízo Final revelará que a justiça de Deus triunfa de todas as injustiças cometidas por suas criaturas e que o seu amor é mais forte do que a morte (Ct 8,6).

Parusia

1001 - Quando? Definitivamente “no último dia” (Jo 6,39-40.44.54;11,24); “no fim do mundo” (LG 48). Com efeito, a ressurreição dos mortos está intimamente associada à parusia de Cristo: Quando o Senhor, ao sinal dado, à voz do arcanjo e ao som da trombeta divina, descer do céu, então os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro (1Ts 4,16).

Fim do mundo – novos céus e nova terra

1042 – No fim dos tempos, o Reino de Deus chegará à sua plenitude. Depois do Juízo Universal, os justos reinarão para sempre com Cristo, glorificado em corpo e alma, e o próprio universo será renovado.

1043 – Esta renovação misteriosa, que há de transformar a humanidade e o mundo, a Sagrada Escritura chama de “céus novos e terra nova” (2Pe 3, 13). Será a renovação definitiva do projeto de Deus de “reunir, sob um só chefe, Cristo, todas as coisas, as que estão no céu e as que estão na terra” (Ef 1, 10).

1044 – Neste “universo novo” (Ap 21,5) ,a Jerusalém celeste, Deus terá a sua morada entre os homens. “Enxugará toda lágrima de seus olhos, pois nunca mais haverá morte, nem luto, nem clamor, e nem dor haverá mais. Sim! As coisas antigas se foram!” (Ap 21,4.27).

1045 – Para o homem, esta consumação será a realização última da unidade do gênero humano, querida por Deus desde a criação e da qual a Igreja peregrinante era como o “sacramento” (LG, 1).

1046 – Quanto ao cosmos, a Revelação afirma a profunda comunidade de destino do mundo material e do homem: “Pois a criação em expectativa anseia pela revelação dos filhos de Deus (...) na esperança de ela também ser libertada da escravidão da corrupção ... (Rom 8,19-23).

1047 – Também o universo visível está, portanto, destinado a ser transformado, “a fim de que o próprio mundo, restaurado em seu primeiro estado, esteja, sem mais nenhum obstáculo, a serviço dos justos”, participando de sua glorificação em Cristo ressuscitado (Santo Irineu, Ad. haer. 5,32,1).

1048 – “Ignoramos o tempo da consumação da terra e da humanidade e desconhecemos a maneira de transformação do universo. Passa certamente a figura deste mundo deformada pelo pecado, mas aprendemos que Deus prepara uma nova morada e nova terra. Nela reinará a justiça, e sua felicidade irá satisfazer e superar todos os desejos de paz que sobem aos corações dos homens” (GS 39,1).

1049 – “Contudo, a expectativa de uma nova terra, longe de atenuar, deve impulsionar em vós a solicitude pelo aprimoramento desta terra. Nela cresce o corpo da nova família humana que já pode apresentar algum esboço do novo século. Por isso, ainda que o progresso terrestre se deva distinguir cuidadosamente do aumento do Reino de Deus, ele é de grande interesse para o Reino de Deus, na medida em que pode contribuir para melhor organizar a sociedade humana” (GS 39,2).

1050 – “Com efeito, depois de propagarmos na terra, no Espírito do Senhor e por ordem sua, os valores da dignidade humana, da comunidade fraterna e da liberdade, todos esses bons frutos da natureza e de nosso trabalho, nós os encontraremos novamente, limpos, contudo, de toda impureza, iluminados e transfigurados, quando Cristo entregar ao Pai o Reino eterno e universal” (GS 39,3). Deus será, então, “tudo em todos” (1Cor 15,28), na Vida Eterna.

(Notas do Catecismo da Igreja Católica)

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